A MAMÃE É ROCK
AUTORA: Ana Cardoso
ANO: 2016
PÁGINAS: 112
EDITORA: Belas Letras
NOTA: ⭐️⭐️⭐️ 3/5
E se o papai é pop, a mamãe é ROCK. 😉
Eu sou nova nesse negócio de ser mãe. Tenho 28 anos, sou mamãe em período integral há pouco mais de 1 ano de um menininho lindo chamado Daniel e estou vivendo uma fase incrível da minha vida. Essa não é uma missão fácil; estar sempre sorrindo, ser paciente, uma boa conselheira, educar e ensinar os valores da vida nem sempre é um mar de rosas, mas é extremamente recompensador. Cada vez que eu olho para aqueles olhinhos me admirando, aquele sorriso encantador, e a cada toque de suas mãozinhas me fazendo um carinho, vejo como a vida tem sido generosa comigo e como ser mãe é maravilhoso.
Fiquei muito feliz quando soube que A Mamãe é Rock seria publicado, pois eu tinha acabado de ler O Papai é Pop (leia a resenha aqui), e pensei o quanto seria legal ter a opinião da mulher de Piangers sobre a maternidade. Tanto a mãe, quanto o pai exercem papéis muito importantes na vida de um filho, porém, somos nós mamães que carregamos o bebê por 9 meses na barriga, passamos pela experiência do parto, pós parto, amamentação e essa conexão com os nossos filhos é uma experiência diferente dos pais, né!?
E foi assim, com toda a expectativa de uma mãe novata e que adora ler sobre a maternidade, que me aventurei com Ana em A Mamãe é Rock!
➡️ A mamãe é Rock é um livro composto de várias crônicas sobre a maternidade e todos os sentimentos que as mães têm em relação a criação de seus filhos. O livro narra a experiência de Ana Cardoso como mãe de Anita, 7 anos e a caçula Aurora, de 4 e é recheado de situações engraçadas, simples e verdadeiras. O primeiro corte de cabelo, viagens com os filhos, a palavra “mãe”, algo tão bom de escutar, mas que as vezes cansa porque as crianças a repetem 622525178 por dia, problemas na escola, piolhos, a hora de falar de sexo, como lidar quando os filhos querem comprar tudo, o auxílio nas tarefas escolares, o famoso baby blues e muitas outras experiências que o leitor se identifica, já pensou ou viveu. Uma montanha russa de sentimentos e de tarefas diárias.
“Ter um filho é ter superpoderes. A gente quer ser forte, ser divertida, ser justa e ser uma pessoa muito legal. Para que nossos filhos tenham orgulho de nós, que queiram ser como a gente. Precisamos ser, no mínimo, supimpas o suficiente para que eles prefiram ficar ao nosso lado do que assistindo a Peppa Pig sozinhos no quarto. Se você quiser ler um livro ou fazer outra coisa, aí essa regra não se aplica.”
Eu não me emocionei tanto nesse livro como em O Papai é Pop, acho que esperava mais relatos da Ana sobre a descoberta da maternidade e toda sua evolução, e ela foca mais em situações que ela vive com as filhas e o marido no dia a dia. Fiquei com vontade de saber mais sobre sua dúvidas, medos e o que ela sentiu quando descobriu ter essa responsabilidade em mãos. E mesmo não atingindo todas as minhas expectativas, talvez injustas, porque não esperava tudo isso de Piangers ou porque sou mãe, eu gostei bastante da leitura e me identifiquei com Ana em vários momentos, mesmo não sendo mãe de meninas.
A maternidade é algo muito similar para todas nós mulheres, e uma coisa muito legal que achei no livro, foi a maneira casual e sem julgamentos que ela escreveu. Cada mãe tem sua maneira de criar e educar, não existe a mãe perfeita como as fotos do facebook mostram, é normal não querer brincar com o filho em certos momentos, deixá-lo assistir um desenho no tablete ou pular um banho. Existe tanta pressão psicológica em ser a mãe perfeita nos dias de hoje, é difícil você ver mães relatando seus medos e inseguranças sem que alguém não julgue seus sentimentos, e Ana brinca e nos diverte o tempo todo com o seu jeito casual e sincero. Ser mãe no fim das contas é estar presente, dar amor e educar com todo o carinho e paciência que conseguimos reunir a cada dia.
“Um dia você não toma banho, não consegue comer direito e não entende muito bem aquela criaturinha que não desgruda de você nem um segundo. No outro, você sai só e, ao invés de se sentir livre, sente saudades da pessoinha e entende que suas emoções nunca mais serão claras depois de ter passado por um processo de multiplicação.”
A Mamãe é Rock é fácil de ler e cheio de ilustrações, seguindo o mesmo estilo de O Papai é Pop. O leitor interage com o livro logo no início, então minha dica é: comece a leitura com uma caneta em mãos, e se divirta com o jogo de 7 erros e a “Tabela de Sobrevivência dos Casamentos do Século XXI”. 😊
É um livro para relaxar, se divertir e se identificar, seja você mamãe ou não, pois um dia já fomos crianças e já passamos por situações parecidas com nossas mães. E não deixem de conferir os outros livros da Família Piangers: O Papai é Pop 1 e 2. Eu já li o primeiro e gostei bastante. O segundo livro já chegou aqui em casa e logo logo eu volto aqui para falar dele para vocês! 😉